O Homem fez Deus e o Diabo à sua Imagem e Semelhança
Por que em pleno século XXI ainda cultuamos mitos.
Inconformado por não saber como tudo surgiu e com a inexorabilidade
da natureza e da morte, o ser humano criou os seus contos de fada...
Por que há milhares de anos o Homem das mais diversas civilizações espalhadas pelo planeta vêm transmitindo aos seus descendentes uma cultura insuflada de histórias com crenças sobrenaturais, religiosas ou não, incorporando-as à própria História como fatos reais, mesmo tendo evoluído intelectual e cientificamente para distinguir suas fantasias da realidade? Questionamentos sobre a criação, a existência e a morte que muitos talvez nunca tenham feito, outros evitam pensar por não querer desfazer-se de cômodas fantasias que os alimentaram durante toda a vida. Como o filósofo Francis Bacon escreveu: “Preferimos acreditar naquilo que gostaríamos que fosse verdade”.
Além das histórias de “ninar” da infantil espiritualidade humana, cruzaremos aqui por muitos outros assuntos até mais cotidianos e desceremos ao nível de crendices decorrentes da ignorância e falta de informação de grande parte do homem moderno. Também observaremos os conceitos instituídos como “senso comum” com os quais ele convive em seu dia a dia e aceita ou finge aceitá-los para não correr o risco de se tornar alvo de uma corrente de crédulos alienados que possam vir a rejeitá-lo, com suas mentes entorpecidas por alegorias escapistas. Em “O Homem fez Deus e o Diabo à sua Imagem e Semelhança” você vai perceber que “MITO” nada mais é do que um nome elegante para as mentiras persistentes, populares e velhas que ajudam a confortar o inconsciente coletivo da civilização humana.
Todas as ocorrências na história da humanidade possuem mais de uma versão. Entre elas, uma verdadeira nem sempre tão bonita, já que as verdadeiras, geralmente, não são as mais bonitas, e as lindas versões retocadas que a maior parte dos humanos prefere, escolhe e cultua, pois como já dito antes, representam o que muitos gostariam que fosse. E essa, é uma das escolhas que retarda o amadurecimento e evolução da nossa espécie.
“O Homem fez Deus e o Diabo à sua Imagem e Semelhança” irá mostrar como a civilização do planeta continua disfarçada de moderna através da sua fachada tecnológica, porém encalhada em padrões sociais hipócritas e com a validade pra lá de vencida. Este trabalho não é simplesmente uma análise sobre as crenças ou o instintivo sobrenaturalismo herdado de nossa infância, tampouco qualquer apologia ao ateísmo, mas sim, entre outras questões, sobre o mau uso de ideologias para justificar a imaturidade emocional humana, além de preconceitos dos mais variados. Comportamentos “ortodoxos” que oscilam da hipocrisia ao extremo da selvageria, como em casos mais radicais de “fé” existente no nosso planeta.